segunda-feira, 16 de março de 2009

Amor, tropeços e outras chatices mais...


"Só um amor não concretizado pode ser romântico".
Ouvi esta frase em um filme, e ela ecoou em meus ouvidos por vários dias.
Só um amor não concretizado pode ser romântico. Neste caso, recobrimos o objeto de amor de ideais referentes a nós mesmos. Características e personalidade do objeto são forjadas de acordo com nossas necessidades neuróticas.
Um amor vivido é, por si só, um amor fracassado. Um amor perdido. Perdido no meio de tantos desencontros inevitáveis no convívio, no ato de conhecer o outro. Perdido em cada momento em que se torna evidente que o outro não é o que esperávamos, não é o que queríamos, o que reservamos para ele...
Nesta confusão de lugares, perde-se a referência: afinal, a quem amo? O que amo?
O único herdeiro de um grande amor é o engano.
"Não, não era nada disso..."
No final de um relacionamento resta sempre aquele objeto que o parceiro esqueceu, aquele bilhete que ele escreveu, um copo que ele deixou fora do lugar e que nos faz tropeçar no meio da casa...
Restam as lembranças das manias irritantes pra gente achar ridículo...
Restam as fotos pra olhar e comentar com as amigas como ele já estava ficando meio gordinho...
Sobram estes detalhes - já dizia Roberto - que um dia a gente amou. E que depois tem-se que odiar, chorar, fazer o luto.
E a gente teima em afirmar: "Afinal de contas, ele nem era tão engraçado assim. Não sei como eu pude me enganar deste jeito..."

2 comentários:

Dennyse disse...

Acho que tá na hora da menina parar de fazer suas maldades um pouquinho para atender seu público escrevendo novas aventuras. Estamos esperando ansiosos...
Mammy

menina má disse...

ok, ok...
já estou preparando algo malignooooo......
:)